Que eu nunca aceite que a maturidade exija um certo conformismo. Que eu não tenha medo nem vergonha de ainda desejar ! Quero ventilação e não me sentir tão responsável sobre aquilo que acontece ao meu redor. Compreender e aceitar que não tenho controle nenhum sobre as emoções dos outros, sobre suas escolhas, sobre as coisas que dão errado e tbém sobre as que dão certo. Me permitir ser um pouco insignificante.
E, na minha insignificância, poder acordar um dia mais tarde sem dar explicação, conversar com estranhos, me divertir fazendo coisas que nunca imaginei, deixar de ser tão misteriosa pra mim mesma, me conectar com as minhas outras possibilidades de existir. O que eu quero mais? Me escutar e obedecer o meu lado mais transgressor, menos comportadinho, menos refém de reuniões forçadas e despertadores na segunda-feira de manhã. E tbém quero mais tempo livre. E mais abraços.
Pois é, ninguém está satisfeito. Ainda bem.
Martha Medeiros
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